Somos Arte

terça-feira, 10 de junho de 2008

0007. As Três Fases principais do Desenho de um Gesso - Exercícios

AS TRÊS FASES PRINCIPAIS DO DESENHO DE UM GESSO.

A figura 1 nos mostra um modelo em gesso que representa um limão rodeado por algumas folhas de limoeiro.


Na primeira fase dedicar-se-á o estudante a estabelecer, tão exatamente quando possível, as proporções do modelo, para o que inscreverá o conjunto em figuras geométricas. Em seguida subdividirá este conjunto de elementos em grupos de figuras geométricas menores. E assim caminhará do todo para as partes, evitando os erros e proporções a que conduz a falta de método.

O caso inverso - quando se pretende desenhar começando pelas partes para chegar ao todo - é um grave erro, porque o desenho nunca sai na medida que se deseja, o que muito desanima o desenhista.
Pode-se observar que, neste modelo, o limão e as folhas foram representados sobre um plano que é quase um quadrado.
Na figura 2 podemos apreciar a segunda fase do desenho do mesmo modelo, da figura 1; na primeira das fases cuidamos particularmente das proporções; na segunda passaremos ao desenho das formas do limão e das folhas com maior riqueza de por menores.



Uma vez determinados os contornos, poderemos pensar nos contrastes de luz e sombra, ou seja, no claro-escuro do desenho, e para isso desenharemos a superfície ocupada pelas sombras mais intensas do modelo, assim como as projetadas por este sobre o fundo.
A figura 3 nos mostra o desenho completo, com suas luzes e sombras terminadas.




Na figura 2 havíamos iniciado o estudo do claro-escuro; indicando, aproximadamente, a superfície ocupada pelas sombras mais intensas; cuidaremos agora do desenho das meias-tintas, que servem de passagem entre a luz e a sombra.

O desenho das tintas que compõem o claro-escuro será feito sob a forma de planos simples. Ao mesmo tempo, iremos reforçando o tom das sombras mais intensas, para ajustá-las ao modelo: assim como iremos desenhando os planos ocupados pela luz, e os seus reflexos principais.

Com a precedente descrição das fazes de um desenho, fica demonstrado que todo modelo se compõe de linhas de contorno, superfícies de claro-escuro e não sendo de gesso branco, de cor.
Manda a experiência que se apresente ao estudante de desenho, para os seus primeiros exercícios, modelos de gesso branco, a fim de facilitar-lhe a compreensão do claro-escuro; mas convém recordar que, em qualquer caso, o desenho de um contorno de um modelo é sempre o problema mais importante, e que dito contorno se compõe sempre de linhas retas, curvas, que bradas, mistas, etc.

Enxergar meramente, portanto, não basta. É necessário ter um contato físico, vivido e recente com o objeto a ser desenhado através da maior quantidade de sentidos possíveis-especialmente através do sentido do tato”. (Kimon Nicolaides).

“O desenvolvimento de um observador pode dar a uma pessoa considerável acesso á observação, de diferentes estados de identidade, e um observador externo podem, muitas vezes, inferir diferentes estados de identidade, mas a pessoa que não desenvolveu muito bem a função de observador jamais pode notar as muitas transições de um estado de identidade para outro”. (Charles T. Tart).



Link para essa postagem


0006. Os Modelos em Gesso

OS MODELOS EM GESSO

Propusemo-nos apresentar neste curso três modelos em gesso completamente distintos em suas formas, a fim de despertar maiores interesse e facilitar a compreensão das pessoas que se iniciam no desenho. Contudo, será conveniente esclarecer que em caso algum o estudante copiará diretamente os desenhos, limitando-se, ante, a tomá-los por guias no exercício do traçado geométrico, que é fundamental em todos os modelos.
Pelas razões expostas, recorrerá o estudante de desenho aos ditos modelos - ou a outros - em gesso, a fim de investigar pessoalmente o traçado geométrico que lhes é próprio, e que permite caracterizá-los segundo a forma que possuam. Assim, em alguns casos o modelo poderá - subdividir-se em figuras geométricas: triângulos, quadrados, losangos, retângulos, círculos, etc. Seja como for, está provado que com este processo elementar-se assegura o bom resultado de um desenho, com enormes vantagens, que proporciona, o copiar um modelo do natural.



Link para essa postagem


0005. Os Primeiros Passos Para Aprender a Desenhar

OS PRIMEIROS PASSOS PARA APRENDER A DESENHAR



Na realidade, as primeiras lições de desenho são idênticas em todas as especialidades. Vale dizer que tanto o estudante de belas-artes como o simples desenhista amador se iniciará de igual modo, fazendo os seus primeiros estudos com modelos muito simples, de gesso, que lhes permitam, ao mesmo tempo, o adestramento da mão, cuja lentidão requer certo tempo para obedecer á mente e as observações fundamentais para o prosseguimento da aprendizagem.
Para desenhar em os objetos vistos ou imaginados é preciso adestra a mão, exercitar o olho e cultivar a mente, tudo ao mesmo tempo.
O primeiro cuidado do desenhista, ao iniciar um desenho, deve ser a margem e a centralização do modelo no papel. Traçam-se para isso duas linhas diagonais e uma linha vertical e horizontal no papel e assim localizadas o centro do mesmo, procede-se á distribuição harmônica das diversas partes do modelo, ou composição. Devemos convir que a boa apresentação do modelo é imprescindível, pois é sabido que um bom desenho, sendo mal apresentado perde parte de seu valor.
Além disso, deve-se observar que o objeto a representar tem as suas características próprias, que se exprimem por meio de forma e da cor.
A forma é invariável; mas a cor varia, porque é resultado da luz, que ao se decompor sobre as formas dos objetos lhes imprime tons diferentes, variáveis conforme as horas.

“Procure não se esquecer de que o desenho sempre produz uma versão aproximada do elemento que ele está retratando, mesmo quando executado por alguém altamente capacitado para está arte”.



“O desenho não é fotografia. A pessoa que está desenhando edita, enfatiza (ou minimiza), quer consciente quer inconsciente, mas acaba modificando, ainda que minimamente, vários aspectos do elemento tema. São costumeiros as criticas que os alunos fazem das suas próprias obras por não serem reproduções exatas, mas as escolhas subconscientes que ocorrem durante o ato de desenhar são parte da expressividade do desenho”.

Betty Edwards. (Autora do livro Desenhando com o lado direito do cérebro).


O artista e professor Robert Henri deu um recado implacável aos seus alunos:
“Quem costuma desenhar sem prestar atenção ás proporções acaba se acostumando a ver distorções e perde a capacidade crítica. Quem vive na miséria acaba se habituando a ela”. (The art spirit, 1923).



Link para essa postagem


trabalhos