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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

0047. APROVEITANDO A BELEZA DA COR

APROVEITANDO A BELEZA DA COR
Numa época como a Nossa, a cor já deixou de ser o artigo de luxo que foi em séculos passados. Hoje somos inundados pela cor manufaturada - estamos rodeados, imersos, nadando num mar de cores. A quantidade pura e simples talvez represente um risco de que a cor venha a perder um pouco do seu caráter mágico. A meu ver, o uso da cor em desenhos e em pinturas nos ajuda a recapturar sua beleza e a volta a vivenciar a fascinação quase hipnótica que um dia exerceu sobre nós.
Já em épocas remotas, o ser humano, o ser humano construía objetos coloridos, mas nunca em quantidades tão grandes como agora. Nos séculos passados, os donos de objetos coloridos eram em sua maioria uns poucos ricos ou poderosos. Não havia cores para as pessoas comuns, exceto as que se viam no mundo natural e nas igrejas e catedrais. As cabanas e o mobiliário eram feitos com materiais naturais -lama, madeira e pedra. Os tecidos de fibras feitos em casa geralmente conservam as cores neutras das fibras originais ou, quando eram tingidos com corantes vegetais, costumavam logo ficar mais claros e desbotar. Para a maioria das pessoas, um pedaço de fita de cor vibrante, uma fita de chapéu enfeitada de contas, ou um cinto com bordados vivos era m tesouro para ser guardado com muito carinho.
Que contraste com o mundo fluorescente em que vivemos hoje! Em cada canto nos deparamos com cores feitas pelo homem: a televisão e os filmes em cores, prédios pintados de cores vias por dentro e por fora, luzes coloridas e cintilantes, autdoors nas ruas, revistas e livros com todas as cores, até jornais com imagens coloridas de página inteira. Tecidos muito coloridos que teriam o valor de uma jóia e que no passado teriam sido um privilégio da realeza hoje podem pertencer a praticamente qualquer um, seja ele rico ou pobre. Assim sobrou muito pouco daquela antiga sensação especial de embevecimento diante da cor. A variedade nunca parece ser grande demais - pelo menos por enquanto. É verdade que muitos protestaram contra a “colorização” de filmes de época originalmente produzidos em preto - e branco. Contudo, a força do comércio venceu preferiu as versões coloridas.
Mas para que serve tanta cor? No mundo natural dos animais, dos pássaros e das plantas, as cores sempre têm um objetivo - atrair, repelir, esconder, comunicar, avisar ou garantir a sobrevivência. Para o ser humano de hoje, será que a cor chegou mesmo perto de começar a perder seus objetivos e significados? Agora que dispomos deste enorme número de cores manufaturadas, será que em geral elas estão sendo usadas de maneira indiscriminada? Ou será que desubliminar, (Que é inferior, ou que não ultrapassa o limiar. Estímulo não muito intenso que não passa do limiar da consciência.), o objetivo e o significado ainda são inerentes á cor como um resquício de nossa herança biológica? Será que houve algum motivo para eu preferir vestir uma roupa azul hoje?
E o que vem a ser cor?
Uma experiência objetiva, como nos diz os cientistas, uma sensação mental que só poderá ocorrer sob três condições: que haja um observador, um objeto, e iluminação suficiente na faixa de ondas estreita conhecida como “aspectro visível?” Não há dúvidas de que o mundo fica com tonalidades cinzentas ao anoitecer. Será que o mundo não tem mesmo cor, e apenas parece ficar repleto de cores outra vez quando acendemos as luzes?
Se a cor é mesmo uma sensação mental, como é que ela acontece? Os cientistas no dizem que quando a luz incide sobre um objeto, por exemplo, uma laranja, a superfície da laranja tem a propriedade de absorver todas as ondas ao longo do aspectro, exceto aquela que causa a sensação mental que chamamos de cor de laranja “, quando é refletida de volta para nossos olhos e processada pelo o sistema visual”. Meu lápis tem uma camada de uma substância química (tinta) que absorve todas as ondas, exceto aquela que, quando se reflete de volta para meus olhos, é o “amarelo”. A laranja é mesmo alaranjada? O lápis é mesmo amarelo? Impossível saber, por que não podemos sair do nosso próprio sistema de olhos/ cérebro/ mente para descobrir. Mas sabemos que quando o sol se põe às cores desaparecem.


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