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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

0050. NOÇÕES BÁSICAS DE COR:

NOÇÕES BÁSICAS DE COR:

A maioria das pessoas se interessa pela cor; contudo, curiosamente, quase todos carecem de um conhecimento abrangente a respeito do assunto. Geralmente pensamos que o que basta é saber e quais são as cores de nossa referência, e que isto é o suficiente. Entretanto que existe sobre a cor, o prazer por ela aumenta, como também o prazer por quase todos os outros assuntos.
Algo de estranho acontece quando um aluno começa acrescentar cores ao cinza, ao preto e ao branco de um desenho. Por mais saciados que estejam de nossos ambientes modernos carregados de cor, os alunos se concentram na cor como se a estivessem vendo pela primeira vez, quase com o prazer inocente de uma criança. Na verdade, a cor acrescenta uma enorme carga emocional a um desenho. Temos um exemplo disso ao compararmos o desenho de Edgar Degas de uma bailarina feito sobre papel de cor rosa com o desenho quase idêntico de Degas.

Ballerina
HILAIRE GERMAIN EDGAR DEGAS, (1834-1917).





não posso deixar de avisar: não estou dizendo que a cor melhora um desenho, porque não o melhora. O que a cor faz é mudar o desenho no sentido de acrescentar um elemento dramático, uma verve, (calor ou vivacidade de imaginação) levando-o a se aproximar da pintura.




Newton, de 1704, (em forma de pizza).






COORDENADAS CROMÁTICASCLASSIFICAÇÃOR1- AMARELOPRIMARIAE2- VERDE-AMARELADOTERCIÁRIAF3- VERDESECUNDÁRIAE4- AZUL-ESVERDEADOTERCIÁRIAR5- AZULPRIMÁRIAÊ6- ROXO-AZULADOTERCIÁRIAN7- ROXOSECUNDÁRIAC8 - VERMELHO-ARROXEADOTERCIÁRIAI9- VERMELHOPRIMÁRIAA10- LARANJASECUNDÁRIA"S"


O círculo de cores de Goethe, de 1810 (Dois círculos internos).








COORDENADAS CROMADAS 2CLASSIFICAÇÃOR1- AMARELOPRIMÁRIAE2- VERDE-AMARELADOTERCIÁRIAF3- VERDESECUNDÁRIAE4- AZUL-ESVERDEADOTERCIÁRIAR5- AZULPRIMÁRIAÊ6- AZUL-ARROXEADATERCIÁRIAN7- ROXOSECUNDÁRIAC8- ROXO-AVERMELHADOTERCIÁRIAI9- VERMELHOPRIMÁRIAA10- VERMELHO-ALARANJADOTERCIÁRIA"R"11- LARANJASECUNDÁRIA 12- LARANJA-AMARELADOTERCIÁRIA



COORDENADAS CROMÁTICAS 3CLASSIFICAÇÃO A + 1 ao 3 = 1 (Amarelo) 2 (Azul) 3 (Vermelho)Primaria B+4 ao 6 = 4 (Laranja) 5 (Verde) 6 (Roxo) Secundária C + 7 ao 12 = 7 (Amarelado-Alaranjado) 8 (Vermelho-Alaranjado) 9 (Vermelho-Arrocheado) 10 (Azul-Arrocheado) 11 (Verde-Azula-Terciária do) 12 (Amarelo-Esverdeado). D + 1 ao 4 = 1 (Amarelo “P") 2 (Laranja"S") 3 (Roxo"S") 4 (AzulComplementaresR “P”). E E + 5 ao 8 = 5 (Alaranjado) 6 (Verde-Azulado) 7 (Azul) 8 (Vermelho-Alaranjado).ComplementaresF E F + 9 ao 12 = 9 (Vermelho) 10 (Verde-Amarelado) 11 (Verde)ComplementaresR 10 (Roxo-Avermelhado) Ê G + 13 ao 16 = 13 (Roxo-Azulado) 14 (Amarelado-Alaranjado)ComplementaresN 15 (Amarelo) 16 (Azul-Arrocheado) C H + 1 ao 2 = 1 (Laranja) 2 (Verde)Contrast. SimultâneoI I + 3 ao 4 = 3 (Vermelho) 4 (Verde)Contrast. SimultâneoAJ + 5 ao 6 = 5 (Azul) 6 (Verde)Contrast. Simultâneo L + 1 ao 8 = 1 (Amarelo) 2 (Verde-Amarelado) 3 (Verde) 4 (Amarelo-Esverdeado) 5 (Azul) 6 (Verde) 7 (Roxo-Avermelhado) 8 (Vermelho-Azulado). Cores Análogas. "A" M + 1 ao 5 = 1 (Vermelho) 2 (Vermelho-Alaranjado) 3 (Alaranjado)Cores Análogas e Cores Quentes.AO4 (Amarelo-Alaranjado) 5 (Amarelo). N + 6 ao 13 = 6 (Azul) 7 (Azul tom Baixo) 8 (Azul Cobalto) 9 Azul Ultramar 10 (Verde) 11(Verde-Azulado) 12 (Verde-Alaranjado) 13 (Verde tom Alto). Algumas das cores Frias."Q" O + 14 ao 21 = 14 (Cinza) 15 (Marrom-Esverdeado) 16 (Preto-Avermelhado) 17 (Preto) 18 (Branco) 19 (Marrom) 20 (Bege) 21 (Marrom tom Alto).Cores Neutras P + 1 ao 8 = Monocromia Cor (Azul Ultramar) com (Preto) Vari- ando em Tonalidades. Q + 1 ao 8 = Cor Predominante (Carmim) com Variações de Tonalidades.



O grande físico e matemático Isaac Newton e o poeta e erudito alemão Johann Goethe.
Qual a finalidade de se construir um disco de cores? A resposta mais simples é a de que ele serve para definir a estrutura da cor na sua mente. Os três matizes primários-amarelo, vermelho e azul - são os elementos fundamentais da cor. Teoricamente, todas as outras cores se derivam destas três. A seguir vêm os três matizes secundários - laranja, violeta e verde -, que são filhos de seus pais, os primários. Segue-se então uma terceira geração de seis matizes terciários (de terceiro nível) - amarelo-alaranjado, vermelho-alaranjado, vermelho-esverdeado.
O disco de cores é formado por um total de doze matizes, ordenados de maneira semelhante á dos números no mostrador de um relógio.
Se você tiver alguma familiaridade com discos de cores, notará que coloquei as cores na ordem em que costumam aparecer em discos deste tipo: o amarelo na parte superior, o violeta na inferior: As cores frias, que são o verde, o azul-esverdeado, o azul e o azul-violeta, do lado direito; as cores quentes, ou seja, o amarelo, o amarelo-alaranjado, o laranja, o vermelho-alaranjado e o vermelho.
Acredito ser este o posicionamento correto em função do complicado sistema cruzado do cérebro, do sistema visual e da linguagem da arte. O lado esquerdo de uma imagem é abordado pelo olho direito, que (geralmente) é o dominante, e que é controlado pelo hemisfério esquerdo (tente acompanhar o meu raciocínio; isto é mesmo complicado!). Na linguagem da arte, o lado esquerdo de uma imagem transmite conotações para frente. O lado esquerdo, que por sua vez é controlado pelo lado direito do cérebro. Assim, o lado direito de uma imagem traz consigo conotações de passividade, de atitudes defensivas e de movimentos bloqueados.
Neste ziquezague que acabei de descrever, o hemisfério esquerdo, o olho direito e o lado esquerdo do disco de cores associam-se ao sol, á luz do dia e ao calor - e também á dominação, á agressão e os movimentos para frente. Inversamente, o hemisfério direito, o olho esquerdo e o lado direito da roda associam-se á lua, á noite e ao frescor-e, por conseguinte, também á passividade, ás atitudes defensivas e a distância. Em sua maioria, os discos de cores têm esta orientação, provavelmente intuitiva. O artista russo Walyssi Kandinski, um dos s maiores coloristas da historia da arte, exprimiu suas instituições por meio de palavras, como as de nota ao lado.


No seu ártico de 1935, como as Pessoas Vêem um Quadro, o psicólogo Giy T. Buswell notou que, embora a fixação inicial tenda a ser mais ou menos no centro de um quadro, o olho geralmente se move primeiro para a esquerda e depois para a direita. O Dr. Buswell especulou que este fato é uma transposição do hábito de ler.
O artista russo Walyssi Kandinski concordava com Buswell no que toca á exploração a partir do centro para a direita e para a esquerda, mas discordava quanto ao motivo. A explicação de Kandinski:
“O quadro está de frente para nós; portanto, seus lados estão invertidos. O mesmo acontece quando encontramos uma pessoa e a cumprimentamos apertando sua mão direita - que está á esquerda, já que estamos um de frente para o outro”.
Kandinsky acrescentou: “Portanto, o lado esquerdo de uma imagem é o dominante, da mesma” que a mão direita (geralmente) é a principal ou a mais forte.



WASSILY kandinski


Assim, a construção do disco de cores objetivas definir em sua mente quais as que se opõem um ás outras no disco. O azul está do lado do laranja; o vermelho, do lado oposto do verde; o amarelo esverdeado, do lado oposto do vermelho-violeta. Estes opostos são conhecidos como complementos. A raiz da palavra “Complementar” vem de “completar”. Isto significa que os complementos formam o sistema fechado que já havia sido proposto pelo Dr. Peter Smith como um dos requisitos de uma resposta estética. Quando percebidos em conjunto numa relação adequada, os complementos da modalidade D e do sistema visual.
Você pode usar o disco de cores para praticar e aprender a determinar quais os matizes que se complementam. Devemos dominar isto tão bem quando sabemos automaticamente que dois mais dois são quatro.
Um ponto importante: confie nas opções que você fez pelas cores. Orientada por alguns conhecimentos básicos da modalidade E sobre a estrutura das cores (o emprego dos complementos, por exemplo), sua modalidade D saberá qual cor deve ser usada. No âmbito destas diretrizes, faça o que manda a sua intuição. Experimente com diferentes matizes do outro lado da folha.
Num trabalho divulgado em 1926, o teórico da cor Albert Munsell enfatizou o conceito de equilíbrio para a criação de harmonias entre cores e estabeleceu um código que ainda hoje é o sistema mais amplamente usado para a identificação de cores.
Munsell recomendou que se equilibrassem os matizes (nuança, tonalidade. Graduação sutil, quase imperceptível) com os seus valores opostos, as intensidades opostas, que as áreas de cores fortes fossem contrabalançadas por cores fracas por áreas pequenas, as cores quentes por cores frias.

-Albert Munsell,

“A meu ver, a pintura - toda pintura - não envolve tanto o uso inteligente da cor quanto o uso inteligente dos valores. Quando os valores estão certos, não há como a cor estar errada”.


-Joe Singer.

Pautado em sua experiência como professor da Universidade de Yale, o grande colorista Josef Albers escreveu que não há regras para a harmonia cromática, apenas regras para as relações de quantidade das cores:
“Independentemente das regras de harmonia, qualquer cor combina ou funcionará com qualquer outra cor, partindo-se do princípio de que as quantidades sejam apropriadas”.




Josef Albers,
“Uma vez que se tenha aprendido a ver as cores como valores, o passo seguinte é aprender a ver as cores como cores”.


Josef Albers,
- Professor Don Dame, da Universidade do Estado da Califórnia -Long Beech.
Da mesma maneira que os espaços negativos são tão importantes quanto os objetos, as cores opacas (de baixa intensidade) são tão importantes quanto as cores vivas (de alta intensidade).
A maneira mais simples de se reduzir à intensidade de um dado matiz é acrescentar um cinza neutro ou preto. Entretanto este método parece drenar a cor do matiz da mesma forma que o crepúsculo (luminosidade proveniente da iluminação das camadas superiores da atmosfera pelo Sol, quando embora escondido, está próximo do horizonte) escurece e enfraquece as cores.
Uma segunda maneira consiste em misturar uma cor com uma certa medida do seu matriz complementar. Este método parece deixar a cor inalterada, e bastante fortemente opaca - não apenas um pouco opaca. Os matizes de baixa intensidade para a harmonização dos esquemas de cores.
Os artistas surrealistas tinham verdadeira fascinação pelos significados psicológicos das cores. Curiosamente cada matiz tem uma conotação (relação que se nota entre duas ou mais coisas) tanto positiva quanto negativa na maioria das culturas. Observe os exemplos a seguir:

Branco: Inocência e fantasmagoria.
Preto: Força repousante e depressão.
Amarelo: Nobreza e traição.
Vermelho: Amor ardente e pecado.
Azul: Verdade e desalento.
Roxo: Dignidade e tristeza.
Verde: Crescimento e ciúme.
Sobre a questão do objetivo da pintura, Eugène Delacroix, pintor francês do século XIX, escreveu o seguinte:
“Já disse para mim mesmo uma centena de vezes que a pintura - isto é, a coisa material que chamam de pintura - nada mais é do que um pretexto, uma ponte entre a mente do pintor e a do espectador”.
O desenho ocupa um espaço próprio. Mas o desenho por sua vez se torna uma parte da pintura - uma escora (amparo, arrimo) por assim dizer -, da mesma forma que as habilidades lingüísticas se tornam uma escora para a poesia e para a literatura. Assim o desenho se funde com a pintura, e ambos apontam para um novo rumo. Sua viagem está apenas começando.
“Os matizes que se aproximam do vermelho têm sido considerados quase que universalmente como cores quentes, e os que tendem para o azul como frias. O fogo, a luz do sol e o brilho da circulação do sangue estão associados ao calor”.
“As cores do céu e das montanhas à distância e de águas tranqüilas normalmente são azuladas. Quando se resfria, o corpo tende para um tom azulado. Estas razões naturalmente nos fazem, associar o vermelho, o laranja e o amarelo com o calor e o azul, o azul -esverdeado e o azul - violeta com o frio”.
- Walter Sargeant.
“Talvez a coisa mais importante que tenho a dizer é que não se deve pensar em pintura e em desenho separadamente”.
-Kimon Nicolaides,

Algumas Informações Básicas

MATIZ, VALOR E INTENSIDADE.
O matiz é simplesmente o nome da cor. É um atributo da modalidade E.
O valor refere-se em que medida o matiz é claro ou escuro segundo a escala de valores. O valor é um atributo da modalidade D.
A intensidade se refere ao brilho ou a opacidade de um matiz em relação à disponibilidade máxima de brilho nos pigmentos - em geral é a cor que sai direto de dentro de um tubo. A Intensidade é um atributo da modalidade D.
Para obter o equilíbrio de cores lembre-se do seguinte: Cada matiz tem seu complemento.
Para cada matiz de uma determinada intensidade, existe um mesmo matiz de intensidade oposta. Para cada matiz de determinado valor existe um mesmo matiz de valor oposto.
Na Idade Média usava-se a cor na heráldica (A arte ou ciência dos brasões) a prática de desenhar emblemas ou brasões para as armaduras, que anunciavam a condição social às relações familiares e o histórico de batalhas de seus portadores.
A cor ajudava o desenho a transmitir sua mensagem:
Branco: Destino e Pureza
Ouro: Honra
Vermelho: Coragem e zelo
Azul: Pureza e sinceridade
Verde: Juventude e fertilidade
Preto: Tristeza e penitência
Laranja: Força e resistência.
Roxo: Realeza e alta estirpe (origem, linhagem).

“Compreendo a diferença entre o escarlate (de cor vermelha vivíssima e rutilante) e o carmesim (diz-se de ou cor vermelha muito viva) por que sei que o cheiro de uma laranja não é o mesmo que o de uma toranja (fruto da toranjeira, árvore rutácea de fruto comestível), (família de arbustos e árvores floríferos, e cujas folhas são aromáticas quando esmagadas)... Para mim, a vida sem a cor ou algo equivalente seria escura, árida, uma imensidão negra... Portanto, costumo pensar nas coisas como sendo parte da explicação. A sensibilidade espiritual representa outra parte. O cérebro, com sua estrutura de cinco sentidos faz valer seus direitos e explica o resto. A unidade do universo exige que a cor continue a existir, quer eu perceba, quer não. Em vez de ficar do lado de fora, participo da experiência e discuto-a, feliz pela felicidade daqueles que estão ao meu lado observando os belos matizes de um pôr-do-sol ou de um arco íris”.
-Helen Keller. A Srta. Keller, que não só era cega, como também surda, assim descreveu a cor.


Van Gogh trabalhou como artista somente durante os últimos dez anos de sua vida, dos 27 aos 37 anos, quando faleceu. Durante os primeiros dois anos daquela década ele fez somente desenhos. Ensinando a si mesmo como desenhar. “O Carpinteiro” ele enfrentou problemas de proporção e posicionamento de formas. No entanto, por volta de 1882 - dois anos mais tarde -, na obra “Mulher de Luto”, Van gogh havia superado estas dificuldades com o desenho e aumentado a qualidade expressiva do seu trabalho.
“Descontente com as suas próprias realizações e extremamente desejoso de agradar aos outros com a sua arte, ele tende a desistir da criação original e da expressão pessoal... O desenvolvimento ulterior de seu poder de visualização e até mesmo sua capacidade de pensamento original e de relacionar-se com o seu ambiente através de seu sentimento pessoal podem ser bloqueados nessa época. Trata-se de um estagio crucial, que muitos adultos não chegaram a ultrapassar”. Especialista em arte infantil Miriam Lindstram, do Museu de Arte de São Francisco, na Califórnia, assim descreve o aluno adolescente de desenho.
“O objetivo de pintar um quadro não é o de fazer um quadro - por mais desarrochado do que isso possa parecer... O objetivo, que está no fundo de toda obra de arte, é chegar um estado de ser (ênfase de Henri), um estado de funcionamento elevado, um momento de existência mais do que extraordinário. (O quadro) é apenas um subproduto desse estado, um traço, uma pegada do estado”.
- Robert Henri.

Charada: “Se uma imagem vale por mil palavras, será que mil palavras conseguem explicar uma imagem?”.
Michael Stephan.

Gertrude Stein certa vez perguntou ao pintor Francês Henri Matisse se ao comer um tomate, ele o olhava á maneira de um artista. Matisse respondeu: “Não. Quando como um tomate, olho-o como qualquer pessoa o olharia. Mas quando pinto um tomate, vejo-o de maneira diferente”.
Gertrude Steim.
“O pintor pinta com os olhos, não com as mãos. O que vê, se o enxerga com clareza, será capaz de pintar. Passar o que você vê para a tela é um ato que talvez exija muito cuidado e esforço mas nada além da agilidade muscular que o artista precisa para escrever o próprio nome. O importante é ver com clareza”.


_ Maurice Grosser.
“Você tem dois ‘cérebros’: um esquerdo e um direito. Os estudiosos do cérebro atualmente sabem que o cérebro esquerdo é o verbal e racional; ele pensa em série e reduzem o raciocínio a números, letras e palavras... O seu cérebro direito é não verbal e intuitivo; ele pensa em padrões, ou imagens, compostas de ‘coisas inteiras, e não compreende reduções, sejam números, letras ou palavras”.
- Cientista e neurocirurgião Richard Bergland.

Numa conversa com seu amigo André Marchand, o artista francês Henri Matisse descreveu o processo de passar percepção de uma forma de olhar para outra:
“Você sabia que o homem só tem um olho que vê e registra tudo, este olho, qual soberba câmera, tira fotografias minúsculas, muito nítidas, pequeninas e com esta imagem o homem confabula consigo mesmo”.
“Agora eu conheço a realidade das coisas, e se acalma por um instante. Então, sobrepondo-se lentamente á imagem, outro olho surge, invisivelmente, formando-lhe um quadro totalmente diferente”.
“Então, nosso homem não enxerga mais com clareza, trava-se uma luta entre o primeiro e o segundo olho se sobressai, sobrepoja o primeiro e é o fim da contenda. Ele agora comanda a situação, pode então continuar seu trabalho sozinho, elaborando sua imagem conforme as leis da visão interior. Este olho tão especial se encontra aqui”, disse Matisse, apontando para o próprio cérebro.
-Marchand não mencionou para que lado do cérebro Matisse apontou.


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