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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

SEDE DE VIVER (1956)

SEDE DE VIVER (1956)

Lust for life


FICHA TÉCNICA

Irmã Clothilde
Wilton Graff Reverendo Stricker
David Leonard Camille Pissarro
Jerry Bergen Henri de Toulouse-Lautrec
Julie Robinson Rachel
Jeanette Sterke Prima Kay Vos-Stricker
Toni Gerry Johanna, mulher de Theo
David Horne Reverendo Peeters
Mitzi Blake Elizabeth

PRÊMIOS
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Anthony Quinn)
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Ator (Kirk Douglas)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Kirk Douglas)

INDICAÇÕES
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Roteiro Adaptado
Oscar de Melhor Ator (Kirk Douglas)
Oscar de Melhor Direção de Arte
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Direção (Vincente Minnelli)
Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Anthony Quinn)

SINOPSE
Aos 25 anos, o jovem Vincent Van Gogh sente a necessidade de ajudar aos necessitados. Assim, submete-se ao "Comitê Belga dos Mensageiros da Fé", com a intenção de conseguir realizar algum trabalho de evangelização. Após passar por um processo de avaliação, não é aprovado pelo Comitê, por achá-lo uma pessoa insegura e desajeitada. Não desistindo de sua pretensão, insiste junto a um dos seus membros e termina sendo enviado para pregar a palavra de Deus em Boringe, uma região carvoeira habitada por gente extremamente desafortunada.

Uma vez lá, aos poucos vai ganhando a confiança da comunidade, na medida em que passa a se dedicar mais a um trabalho social do que aos serviços religiosos. Quando dois membros do Comitê dos Mensageiros da Fé chegam à Boringe para uma inspeção, os mesmos o recriminam por estar morando numa das casas mais precárias da vila, onde dorme sobre palhas. Ele se justifica ao dizer que deu sua cama a uma mulher doente e mais necessitada. Os inspetores, entretanto, não aceitam seus argumentos, acusando-o de estar destruindo a dignidade da igreja que representa.

Desolado, Van Gogh recebe a inesperada visita de seu irmão Theo que, após uma longa conversa sobre sua situação, o convence a voltar para a casa dos pais, até decidir sobre seu futuro. Embora seu relacionamento com o pai, um pastor, não seja dos melhores, ele aproveita a vida do campo, na Holanda, para retomar uma das coisas que mais gosta de fazer: a pintura. Sem dinheiro, conta com o suporte de Theo, que lhe envia periodicamente de Paris todo o material de que precisa para realizar essa atividade. Quando sua prima Kay Vos-Stricker, viúva com um filho, vai passar o verão no campo, ele a pede em casamento, mas ela recusa energicamente.

No final de 1881, Van Gogh muda-se para Haia, onde recebe apoio do primo Anton Mauve, um pintor bem-sucedido. Nesse período, envolve-se com uma prostituta, Christine, grávida e já mãe de um filho. Quando seu pai morre em 1885, ele volta ao campo, época em que pinta aquela que é considerada sua primeira grande obra: "Os Comedores de Batatas".

Na primavera de 1886, ao atender finalmente às sugestões de Theo, ele chega à Paris, onde trava conhecimento com vários pintores, entre eles Camille Pissarro, Émile Bernard e Henri de Toulouse-Lautrec. O impressionismo toma conta das galerias de Paris, mas Van Gogh tem problemas em assimilar esse novo conceito de pintura. Ele e Bernard iniciam, então, o uso da técnica do pontilhismo. No ano seguinte, conhece Paul Gauguin, de quem se torna um grande amigo.

Em fevereiro de 1988, Van Gogh decide mudar-se para Arles, no sul da França, uma cidade que o impressionava pelas paisagens. Em suas constantes cartas a Theo, ele fala de sua alegria com sua casa e com o período criativo pelo qual vem passando. Para decorar sua casa, pinta uma série de telas com girassóis.

Dos artistas deixados em Paris, apenas Gauguin aceita o convite para passar uma temporada em Arles. Os dois partilham uma admiração mútua, mas a relação entre ambos é marcada por discussões freqüentes. Após uma dessas discussões, Gauguin resolve ir embora. Van Gogh entra em desespero com medo da solidão e, num ato de loucura, mutila-se ao cortar um pedaço de sua orelha esquerda.

Theo, agora casado com Johanna, é chamado e faz de tudo para que ele volte a morar com ele em Paris. Van Gogh, entretanto, convence o irmão que precisa, antes de mais nada, ser internado numa Clínica Psiquiátrica, a fim de ser convenientemente tratado. Os jardins da Clínica tornam-se a principal fonte de inspiração para os quadros seguintes, que marcam nova mudança de estilo: as pequenas pinceladas evoluem para curvas espiraladas.

Ao receber alta, ele se muda para Auvers-sur-Oise, próximo de Paris, onde pode estar mais perto do irmão e freqüentar as consultas com o Dr. Paul Gachet, um especialista habituado a lidar com artistas, recomendado por Pissarro. Gachet não consegue melhorias no estado de espírito de Van Gogh, mas é inspiração para o conhecido "Retrato do Doutor Gachet". Entretanto, a depressão volta a se agravar e, a 27 de julho de 1890, depois de semanas de atividade criativa, Van Gogh dispara um tiro sobre o peito, morrendo dois dias depois ao lado do irmão.

CRÍTICAS


Baseado num best-seller de Irving Stone, "Sede de Viver" é uma ótima versão da biografia do pintor holandês Vincent Van Gogh, adaptada em grande parte das cartas por ele enviadas ao seu irmão mais novo, Theo. Realizado pelo cineasta Vincente Minnelli, o filme acompanha o pintor ao longo dos últimos doze anos de sua vida, a partir de seu trabalho de evangelização junto a uma comunidade de mineiros, em 1878, até sua morte aos 37 anos de idade.

Mais conhecido por seus musicais como "Sinfonia em Paris", de 1951, "A Roda da Fortuna", de 1953, e "Gigi", de 1958, Minnelli realiza um belo trabalho nesse drama biográfico. Ele não só consegue captar o êxtase proporcionado pela criação da arte, como também a agonia e a solidão do artista.

"Sede de Viver" apresenta grandes momentos, como as seqüências que mostram suas fases de criação, ou aquelas que tratam da tempestuosa relação mantida pelo pintor com seu colega Paul Gauguin.

Contando com a música do consagrado compositor Miklós Rózsa, agraciado com 17 indicações ao Oscar, das quais levou a estatueta por seus trabalhos em "Quando Fala o Coração", "Fatalidade" e "Ben-Hur", o filme apresenta ainda as magníficas atuações de Kirk Douglas, que perdeu o Oscar para Yul Brynner, por seu trabalho em "O Rei e Eu", e Anthony Quinn, ganhador do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, como o pintor Paul Gauguin. Ainda no elenco coadjuvante, merecem atenção as atuações de Lionel Jeffries, Pamela Brown e Noel Purcell.
http://www.65anosdecinema.pro.br/990-SEDE_DE_VIVER_(1956)



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10 exposições para visitar nas férias

10 exposições para visitar nas férias

por Redação - 31/12/2009 - 12:07


Coloridos e caóticos: os rabiscos de Carlos Dias em "Death Samba" (2008), uma das cerca de 60 obras expostas no MASP1. Ocupação Abraham Palatnik
Retrospectiva da obra do natalense que é um dos pioneiros da arte cinética no Brasil com 21 obras que abrangem o período de 1945 e 2007. A mostra apresenta desde pinturas em tela, madeira e vidro que exploram a ilusão de ótica até três peças feitas com motor, que acendem luzes e que se mexem. De família de origem judia e russa, Palatnik estudou pintura, desenho, história e filosofia ao mesmo tempo que fazia um curso de motores a explosão na antiga Palestina, atual Israel. De volta ao Brasil, em 1948, ele integrou o primeiro núcleo de artistas abstratos do Rio de Janeiro.
Em cartaz até 17/1, de terça a sexta 10h às 21h, sábs., doms. e feriados 10h às 19h. Itaú Cultural: Avenida Paulista, 149, metrô Brigadeiro, tel.: 2168-1776. Grátis. Fechado nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro

2. Saint-Étienne, cidade do design
Mostra sobre design, tecnologia e sustentabilidade da antiga vila mineira da França que hoje é totalmente dedicada ao design. Serão exibidos, por meio de objetos e projeções, os projetos desenvolvidos por jovens franceses, além de cerca de 60 peças entre utensílios de cozinha, porcelana, cerâmicas e luminárias. O destaque é o laboratório onde serão apresentadas ideias para uma vida sustentável como hortas urbanas em lugares deteriorados da cidade, um sistema de correio feito com bicicleta, coletores de água pluvial e um programa que estimula a população a beber água da torneira.
Em cartaz até 31/1. Terça a domingo 10h/20h. Centro Cultural Banco do Brasil: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro, metrô São Bento, tel.: 3113-3652. Grátis. Fechado nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro

3. De dentro pra fora. De fora pra dentro
Eles estão entre nós: em grandes avenidas, becos e vielas do Cambuci, Liberdade, Centro, Vila Madalena, Vila Mariana... No ritmo acelerado do dia a dia, às vezes nem é possível reparar nos grafites e intervenções artísticas que colorem muros e tapumes desta cidade cinzenta. São Paulo hoje é referência em arte urbana, com talentos admirados aqui e lá fora. Um reconhecimento que alcança uma nova esfera com a mostra De Dentro pra Fora. De Fora pra Dentro, no Masp. O museu mais importante da América Latina, que tem telas de Rembrandt, Monet e Van Gogh em seu acervo, abre o subsolo e o mezanino para expor trabalhos de Carlos Dias, Daniel Melim, Ramon Martins, Stephan Doitschinoff, Titi Freak e Zezão. Todos jovens, na casa dos 30 anos, com um mix de cultura pop fluindo nas veias: skate, rock, punk, quadrinhos... Da poluição visual, caótica, dos rabiscos de Carlos Dias às cores psicodélicas de Ramon Martins, serão cerca de 60 obras, entre quadros, fotos, vídeos e uma instalação penetrável com seis painéis, um de cada artista.

Autodidata, Zezão, o mais velho da turma (faz 40 em 2011), trabalhou como motorista de caminhão e motoboy antes de se voltar para a arte. Nas mãos dele, a cidade vira suporte: Zezão pinta seus arabescos de cor azul-celeste nos cantos mais podres e sujos de São Paulo, debaixo de viadutos em escombros ou nas galerias subterrâneas que escoam a água da chuva. Dos seis artistas da mostra, Stephan Doitschinoff é o que mais se afasta da temática urbana. Ele, que na adolescência fazia cenários para shows do Sepultura, apresenta uma obra inspirada na festa de Nosso Senhor dos Passos, padroeiro dos garimpeiros. O trabalho é composto por uma cruz de madeira pintada, bandeirinhas típicas de arraial e livros que formam um mar de desenhos e palavras no chão. De Doitschinoff também será exibido um documentário sobre sua experiência de pintar as casas, o cemitério e a capela de Lençóis, na Chapada Diamantina, interior da Bahia, onde morou de 2006 a 2008.
Até 14/2. Terça e quarta, 11h/18h; quinta, 11h/20h; sexta a domingo, 11h/18h. Masp: Av. Paulista, 1.578, tel. 3251 5644, Trianon-Masp. R$ 15 (grátis às terças). Fechado nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro

4. Robert Rauschenberg
No trabalho do americano Robert Rauschenberg (1925-2008) o que pode parecer abstrato de longe, de perto se torna detalhista. As imagens são repetidas, confusas e aparecem em diferentes posições, tamanhos e cores, tudo em volta de uma garrafa ou o pedaço de madeira ou o recorte de uma propaganda. A trajetória diversa desse artista que chegou a usar de garrafas a pássaros empalhados em suas “pinturas” pode ser vista nos trabalhos reunidos na primeira grande mostra dedica da a ele no Brasil. São 98 obras, 23 obras com materiais não convencionais e 75 gravuras deste que é um dos fundadores da pop art, movimento que traz objetos comum para a arte. Rauschenberg teve como sua primeira exposição importante internacional a V Bienal Internacional de São Paulo, em 1959. Durante a sua carreira, ele explorou métodos inusitados de impressão, pintura e colagem utilizando desde papel-jornal e reproduções de ícones da pintura clássica como a Mona Lisa, de da Vinci, até retratos do presidente americano John F. Kennedy.
Em cartaz até 21/2, de terça a domingo 11h/20h. Instituto Tomie Ohtake: Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) – Pinheiros, tel.: 2245-1900. Grátis. Fechado nos dias Fechado nos dia 24, 25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro

Colagens de Rauschenberg estão no Instituto Tomie Ohtake4. Robert Rauschenberg
No trabalho do americano Robert Rauschenberg (1925-2008) o que pode parecer abstrato de longe, de perto se torna detalhista. As imagens são repetidas, confusas e aparecem em diferentes posições, tamanhos e cores, tudo em volta de uma garrafa ou o pedaço de madeira ou o recorte de uma propaganda. A trajetória diversa desse artista que chegou a usar de garrafas a pássaros empalhados em suas “pinturas” pode ser vista nos trabalhos reunidos na primeira grande mostra dedicada a ele no Brasil. São 98 obras, 23 obras com materiais não convencionais e 75 gravuras deste que é um dos fundadores da pop art, movimento que traz objetos comum para a arte. Rauschenberg teve como sua primeira exposição importante internacional a V Bienal Internacional de São Paulo, em 1959. Durante a sua carreira, ele explorou métodos inusitados de impressão, pintura e colagem utilizando desde papel-jornal e reproduções de ícones da pintura clássica como a Mona Lisa, de da Vinci, até retratos do presidente americano John F. Kennedy.
Em cartaz até 21/2, de terça a domingo 11h/20h. Instituto Tomie Ohtake: Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) – Pinheiros, tel.: 2245-1900. Grátis. Fechado nos dias Fechado nos dia 24, 25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro

5. Ora, Bolas! O Futebol Pelo Mundo
Seleção de fotos que mostra como partidas de futebol são improvisadas em diversos lugares do mundo. Das 51 imagens feitas em 23 países, 37 são do fotógrafo paulistano Caio Vilela e 28 fazem parte do acervo da agência de imagens americana Getty Images. Os cenários vão da Muralha da China a um mosteiro budista em Mianmar. Além das fotos, vídeos e textos dão informações e curiosidades sobre os países representados e o futebol jogado no local. Há também uma vitrine com as 11 bolas usadas nas Copas do Mundo de 1970 até 2010.
Em cartaz até 14/3. Terça a domingo 10h/18h. Museu do Futebol: Estádio do Pacaembu - Praça Charles Miller, s/nº, Pacaembu, tel.: 3664-3848. Ingresso: R$ 6, grátis às quintas-feiras. Fechado nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro



6. Cenas da Infância: 60 anos pós-guerra no Japão
Exposição com 100 imagens de crianças no período pós-guerra ate os dias atuais feitas por 97 fotógrafos japoneses como Nobuyoshi Arakai e Ken Domon. São 76 fotos em preto e branco e 24 coloridas feitas entre 1945 e 2005. O japonês radicado brasileiro Haruo Ohara (1909 - 1999) é homenageado com a reprodução de 61 fotos suas em uma tela de computador. O trabalho de Ohara retrata a infância de descendentes de japoneses na cidade de Londrina, no Paraná, onde o fotógrafo morou.
A partir do dia 4/1. Em cartaz até 17/1. Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistencia Social – Bunkyo: Rua São Joaquim, 381, 2º andar, tel.: 3208-1755. Metrô São Joaquim. Grátis. Possui acesso a deficientes e banheiros adaptados.

7. Sujeito: Corpo
A mostra, que ocupa o térreo e o terceiro andar do Sesc Pinheiros, explora o corpo como um organismo em constante mudança e o processo de construção da auto-imagem do ser humano. Os artistas Adriana Ferla, Carlos Melo, Daysi Xavier, Oriana Duarte, Pazé e Sonia Guggisberg desenvolveram obras que envolvem questões relacionadas ao desenvolvimento e limites do corpo. Um dos destaques é o paulistano Pazé (Paulo José Franco Neto), de 47 anos. Tretaplégico, o artista criou um boneco de si mesmo em tamanho real que foi fotografado em situações improváveis como andando tranquilamente rumo ao topo de um prédio. O trabalho de Pazé na exposição contará com uma instalação com o boneco e quatro fotos das ações.
A partir de 9/1. Em cartaz até 14/4. Ter. a sex., 13h/22h. Sáb., dom. e feriados, 10h às 19h. Sesc Pinheiros: Rua Paes Leme, 195, tel.: 3095.9400. Grátis. Acesso para deficientes e banheiros adaptados.

8. Dez anos do núcleo contemporâneo do MAM
Seleção das obras mais emblemáticas adquiridas pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo por meio de seu Núcleo Contemporâneo. São 24 trabalhos fotografias, pinturas e instalações como o telhado de barro do artista baiano Marepe e a obra inflável feita com jornal do carioca Franklin Cassaro. Outros destaques são a impressão da obra “The descent from the cross (after Caravaggio)” feita em 2000 com chocolate por Vik Muniz e a performance que a mineira Laura Lima apresentará no dia 26, na qual dois homens se movimentarão pelo espaço presos pelos quadris.
A partir de 12/1. Em cartaz até 2/4. Ter. a dom., 10h/17h30. MAM: Parque do Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3, tel.: 5085-1300. Ingresso: R$ 5,50. Possui acesso para deficientes e banheiros adaptados.

9. Urban Manners 2 – Artistas Contemporâneos da Índia



Obra "Aquasarus", que faz parte da mostra no Sesc Pompeia
No meio do salão, a estátua grafitada de Gandhi medita cercada por paredes cobertas de placas comerciais. Enquanto isso, um dinossauro cor-de-rosa feito com garrafas de plástico mostra os “dentes” e um carro que serve de tanque de água se transforma em um esqueleto de sete metros feito em resina. Curiosas, essas obras são frutos da reflexão de artistas indianos sobre as controvérsias que o segundo país mais populoso do mundo enfrenta enquanto tenta se desenvolver sem perder suas tradições.

Os trabalhos feitos por 11 artistas para a exposição Urban Manners 2 questionam o fato de a Índia moderna não ser somente um país atingido pela pobreza ou conhecido somente pela exportação de ideias filosóficas e religiosas. As esculturas, pinturas e vídeos são inspirados em questões como imigração, proteção ambiental, perda dos valores tradicionais, pobreza e riqueza em um mundo globalizado. Para o Brasil, foi escolhida uma nova série de trabalhos, diferentes da primeira edição da mostra que foi realizada em Milão, na Itália, em 2007.
A partir de 22/1. Em cartaz até 4/4. Ter. a sáb., 10h/21h, dom. e feriados, 10h/20h. Sesc Pompeia: Rua Clélia, 93, tel.: 3871-7700. Grátis. Acesso para deficientes físicos

10. Cowparade
São Paulo será novamente palco para a Cow Parade, o evento coloca obras de arte no formato de ruminantes nas ruas. A partir do dia 22 de janeiro, quem andar por São Paulo terá grandes chances de se deparar com uma vaca amarela fazendo cocô na panela. Não se trata de escatologia animal, mas das obras de arte da Cow Parade, que vem pela segunda vez à cidade. “O evento conta com trabalhos apenas de artistas paulistas, pois queremos valorizar e explorar a arte regional”, afirma Catherine Duvignau, sócia-diretora da Toptrends, empresa que trouxe o Circuito das Vacas para São Paulo.

Maramgoní é um dos artistas que terá uma obra exposta, a Vaca da Garoa. “No começo, foi difícil visualizar meu trabalho no formato daquela enorme vaca. Mas quando comecei a pintá-la, a coisa fluiu”, diz o pintor, que admite ter se apegado tanto à vaca, que não quer mais devolver-la. Em 2005, quando a cidade recebeu 83 vacas, a população gostou tanto das obras que zelou pelo seu bem-estar, e não permitia nem mesmo que a equipe de manutenção tocasse nas vacas se não estivessem uniformizados.

Quem quiser um ruminante para si terá que desembolsar um bom dinheiro. No leilão, que é feito ao término da exposição, as vacas já foram arrematadas por até 48 mil reais. Este ano, o dinheiro obtido com o leilão em São Paulo irá para o Instituto Gol de Letra.
A partir de 22/1. Em cartaz até 21/3. Em avenidas, parques, estações de metrô e centros culturais. www.cowparade.com.br



http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI112112-16296,00-EXPOSICOES+PARA+VISITAR+NAS+FERIAS.html



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