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sábado, 21 de agosto de 2010

Site inclui fac-símiles e conta história das cartas de Van Gogh

15/10/2009 - 07h28
Site inclui fac-símiles e conta história das cartas de Van Gogh

RAQUEL COZER
da Folha de S.Paulo

O site Van Gogh Letters (www.vangoghletters.org), que o Museu Van Gogh colocou no ar por ocasião do lançamento dos seis volumes em livro e da exposição em Amsterdã (até janeiro), permite ver toda a correspondência conhecida do artista --das 902 cartas, apenas 80 foram recebidas por ele.

Ao clicar em alguma das cartas --que podem ser escolhidas por época, lugar, interlocutor ou somente com esboços--, é possível ler o texto original (em holandês ou francês, língua em que Van Gogh também era fluente) e ainda a tradução para o inglês, além de ver as páginas em fac-símile.

As numerosas notas de rodapé aparecem em links ao longo do texto. São identificadas, por exemplo, até as datas de nascimento e morte de um jardineiro que serviu de modelo vivo para Van Gogh.

Em outro link, é possível ver todas as imagens de pinturas de outros artistas citadas na correspondência.

O livro "Vincent van Gogh -The Letters" (Thames & Hudson) pode ser encomendado pela Amazon por US$ 480 (cerca de R$ 830).

arte Folha de S.Paulo/arte Folha de S.Paulo








Vocês são realmente excepcionais! A gente que lida com arte que passamos por diversos tipos de exposições, o resultado do que eu falo ou faço é proporcional a participação de vocês.

Alexandre Fester.


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Leia trecho da biografia premiada inédita de Van Gogh

03/01/2010 - 19h06

da Folha Online



Capa da edição francesa da biografia do pintor holandês

A biografia de Van Gogh assinada por David Haziot, obra vencedora do Prêmio da Academia Francesa em 2008, chegará ao Brasil no começo de 2010, editado pela L&PM Pocket.

Filósofo de formação, escritor, David Haziot publicou em 2000 o romance, "Le Vin de la Liberte" (Robert Laffont, prêmio do romance histórico e prêmio da Academia do vinho de Bordeaux), o romance-conto em 2002 sobre o fim do matriarcado no neolítico, "Elles". Também é autor de "L'Or du temps", um romance-quadrinhos poético, de três volumes, inspirado no mito de Orfeu, com o desenhista François Baranger. Editou e prefaciou três volumes das "Vidas de Plutarco". Obras ainda inéditas no Brasil.

Leia abaixo um trecho dessa biografia inédita de Vincent Van Gogh, que foi um dos gênios mais negligenciados em vida na história da arte.

*
Um túmulo acusador?

Desde o seu nascimento, Vincent Willem Van Gogh viveu em dificuldade. Nasceu em 30 de março de 1853, exatamente um ano após uma criança natimorta chamada, como ele, Vincent Willen Van Gogh.

O túmulo desse primeiro Vincent se achava a poucos passos da igreja onde o pai oficiava como pastor de Groot Zundert, pequena aldeia rural de uma centena de habitantes no sul da Holanda. Assim, tão logo aprendeu a ler, o pequeno Vincent pôde ver seu nome como no seu próprio túmulo. Ele seria um eterno substituto.

Para os psicólogos e psiquiatras, essa situação cria na criança uma grande culpa em relação ao desaparecido, pois o sentimento de ter provocado essa morte por ter nascido, por existir, se impõe no núcleo de sua personalidade. Para justificar sua existência, a nova criança deve dilatar seu ego ao infinito realizando prodígios ou contentar-se em ser nada e desaparecer, se não tiver energia bastante. Além do mais, quem era esse morto que tinha o seu nome? Rivalizar com um irmão ou uma irmã já é difícil; mas com um morto? um desconhecido do qual tudo se pode supor, cujo ser se abre como um abismo de maravilhas no imaginário? O que fazer para merecer estar vivo? A existência de Van Gogh teria se apresentado como uma dívida a pagar.

Um outro pintor teve de enfrentar bem mais tarde uma situação análoga: Salvador Dalí foi precedido de um outro defunto Salvador Dalí amado pelos pais. O pintor teria reagido por um desapego absoluto e humorístico de si, perpetuamente votado ao fracasso e sempre a recomeçar.

Vários argumentos tendem a moderar essas explicações.

Em primeiro lugar, a mortalidade infantil, na metade do século XIX, ainda fazia que uma situação como a de Van Gogh ocorresse com frequência, e era de tradição dar o nome do filho falecido ao que vinha ao mundo depois dele. O enraizamento cultural dessa prática retira-lhe o caráter excepcional ou mesmo assustador que pode ter aos nossos olhos. Além disso, é preciso saber que na família de Van Gogh o avô de Vincent se chamava Vincent Van Gogh, e que um irmão do seu pay, rice comerciante de obras de arte, também se chamava Vincent Willem Van Gogh! E houve dois outros Vincent mais antigos, dos quais o pintor teve certamente conhecimento nessa família que conserva registros há séculos e conta com vários pastores. Outros tios do pintor receberam, como segundo prenome, às vezes Vincent, às vezes Willem... É algo que dilui o impacto do túmulo homônimo, sem reduzir completamente o seu poder.

Como esse tio rico Vincent Willem não tinha filhos, é provável que os prenomes do nosso Vincent (e do irmão natimorto) foram dados em sua honra como para solicitar-lhe o apadrinhamento, o que Vincent obteve até um certo ponto. Por fim, convém voltar às observações limitativas de Freud a propósito de Leonardo da Vinci: numa situação psicológica idêntica à dele, um outro indivíduo teria certamente sido o inverso de Leonardo. Nem todas as crianças nascidas após um irmão morto e de mesmo nome se tornaram, longe disso, artistas como Van Gogh e Dalí. Resta um mistério cuja elucidação possível Freud remete ao substrato biológico da pessoa.

Mas, a nosso ver, o mistério permanece irredutível, pois uma personalidade é o resultado de uma tal complexidade e quase infinidade de forças, grande ou pequenas, agindo em todos os sentidos, mas todas eficientes, que é impossível dizer o que o indivíduo fará em cada etapa do seu desenvolvimento. Sua marcha é tão "caótica" como a dos planetas dos quais não se pode mais dizer com certeza onde estarão para além de um horizonte preditivo que se calcula; o aleatório torna-se assim o fundo da existência do sujeito. Em outras palavras, diremos que Van Gogh era livre para ser ou não ser o que ele foi.

A presença sepulcral de um irmão morto do qual ele tinha o nome foi uma das forças atuantes na sua vida entre uma série de outras, que em sua maior parte desconhecemos. Um siblime aspecto de luz durante um passeio no campo holandês pode ter sido tão determinante quanto essa questão. É o que sabe toda pessoa confrontada à criação artística. Pois a obra de Van Gogh nem sempre é triste ou trágica. Ela respira às vezes uma incomparável felicidade de existir. Uma biografia, portanto, deve apresentar com humildade alguns referenciais sobre um fundo de ignorância, mas sem mitos, se não para atingir uma transparência impossível do artista, pelo menos para amá-lo e apreciar suas obras com mais profundidade, respeitando sua liberdade ou aquele "inarredável núcleo de noite" em cada um de nós, de que falava André Breton.

Vocês são realmente excepcionais! A gente que lida com arte que passamos por diversos tipos de exposições, o resultado do que eu falo ou faço é proporcional a participação de vocês.
Alexandre Fester.


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Especialistas autenticam tela de Van Gogh com moinho de vento

24/02/2010 - 17h35


da Reuters

Uma pintura de um moinho de vento atribuída recentemente ao mestre holandês Vincent van Gogh começou a ser exposta nesta quarta-feira, após passar décadas no depósito de um museu provincial holandês.

Depois de especialistas do Museu Van Gogh, de Amsterdã, terem concluído que "Le Blute-fin Mill" é, de fato, obra do artista holandês, a tela colorida mostrando grandes figuras humanas em volta de um moinho foi posta em exposição no Museum de Fundatie, em Zwolle.


O quadro "Le Blute-Fin Mill", de Van Gogh, que está em exposição na Holanda


"A pintura é um pouco atípica de Van Gogh devido ao grande número de pessoas que aparece, mas também é muito típica dele devido ao lugar de destaque ocupado pelo moinho", disse o diretor do museu Fundatie, Ralph Keuning, que descobriu a tela em 2007.

De acordo com especialistas, a tela data de 1886. Ela foi comprada há 35 anos pelo fundador do museu, Dirk Hannema, conhecido como experiente colecionador de arte, mas que foi ridicularizado depois de ter errado ao atribuir outra tela ao pintor holandês Vermeer, na década de 1930.

Hennema expôs a tela em sua própria casa até sua morte, em 1984, quando ela desapareceu no depósito do museu, reaparecendo por períodos breves em 1993 e 2007.

O colecionador de arte afirmou ter mais três telas de Van Gogh, mas, segundo Keuning, não foram encontradas provas disso.


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Alexandre Fester.



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Blog irá acompanhar restauração de quadro de Van Gogh

11/03/2010 - 22h42

da Associated Press, em Amsterdam

Uma das pinturas mais famosas de Vincent van Gogh, "O Quarto em Arles", foi retirada do museu que leva o nome do artista para ser restaurada. Mas os amantes da arte podem acompanhar a restauração por meio de um blog, hospedado no site do museu.

A pintura, de 1888, como diz o nome, retrata o quarto do pintor na cidade francesa de Arles.

Quadro "O Quarto em Arles", de Van Gogh, que terá processo de restauro mostrado em blog

A porta-voz do museu, Natalie Bos, disse que algumas cores do quadro sumiram. A pintura foi removida do local em janeiro, e o trabalho de restauração deve seguir até agosto.

Bos disse hoje que a líder do projeto, Ella Hendriks, irá postar sobre o trabalho de restauração uma ou duas vezes por semana para mostrar como a recuperação é feita.


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Quadro de Van Gogh é roubado de museu no Cairo

21/08/2010 - 17h26


DA FRANCE PRESSE

O ministério da cultura do Egito anunciou que o quadro furtado de Vincent van Gogh --avaliado em US$ 50 milhões-- foi recuperado pela polícia no aeroporto do Cairo.

Quadro de Van Gogh é roubado de museu no Cairo
O ministro Farouk Hosni disse que a segurança do aeroporto confiscou a pintura de dois italianos na tarde deste sábado, logo após o furto no Mahmoud Khalil Museum, na capital do Egito.

Os italianos estavam tentando sair do país.

A pintura tem dois títulos, "Flores de Papoula" ou "Vaso com Flores", de acordo com o diretor do museu, Reem Bahir.

Essa é a segunda vez que a obra de Van Gogh é furtada do museu do Cairo. Ladrões fizeram o mesmo em 1978, mas as autoridades só a recuperaram dois anos depois, no Kuwait.






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