Para Torrance as curvas de desenvolvimento para a maioria das capacidades nas quais estão incluídas o pensamento criador parecem que seguem um esquema bastante diverso de outros aspectos do desenvolvimento e crescimento humano. Por isto, acrescenta, é importante que os educadores e pais conheçam as características por nível de idade e que procedimentos podem ser seguidos que ajudam na ampliação do pensamento e ação criadora.
- Do nascimento até os dois anos de idade – Principia a desenvolver-se a imaginação. A criança pergunta o nome das coisas e tenta reproduzir sons e ritmo. Discrimina as rotinas cotidianas e tem expectativa ante feitos especiais. Possui grande curiosidade e necessidade de exploração ambiental.
- Dos dois aos quatro anos de idade – Durante este período a criança aprende sobre o mundo através da experiência direta repetindo-a nos seus jogos verbais e imaginários. Gosta das maravilhas da natureza. Desenvolve o senso de autonomia e deseja fazer as coisas por si. A curiosidade se mantém viva e formula perguntas sobre todas as coisas. Continua possuindo uma enorme vontade de explorar e conhecer que pode tornar-se relevante, se os adultos aceitarem e a estimularem.
- Dos quatro aos seis anos de idade – A criança típica, desta idade, possui boa imaginação. Aprende as habilidades de planejar pela primeira vez. Tem satisfação antecipada em prever os seus jogos e tarefas. Adquire, nestes momentos, especial importância a aprendizagem de papéis adultos e os jogos são verdadeiras imitações da vida. Estamos na fase da pré-escola e parece que o papel do adulto torna-se relevante para que a criança consiga melhores desempenhos e confiança em si mesma. Esta é a opinião de Hildebrand.
- Dos seis aos oito anos de idade – Gloton e Clero dizem que nesta faixa de idade a criança tem uma necessidade crescente que a leva a atividades de destreza e utilização descobrindo utensílios e instrumentos. O Valor dos materiais adquire também importância básica. Temos o começo da habilidade dominada e a utilização das primeiras descobertas.
- Dos nove aos onze anos de idade - Diminui a vontade de jogar, transformando-se em necessidade de agir. Há uma tendência para a construção de objetos pessoais. A curiosidade continua sendo permanente e cresce o desejo de informação e realização.
- A partir dos doze anos – O pré-adolescente e adolescente tratam de integrar-se à vida adulta com as conseqüentes crises e medos de fracassar, tendo uma problemática de identidade. Existe uma sensibilidade mais apurada em ambos e as realizações intelectuais, bem como, a curiosidade criativa se evidenciam de forma notória.
“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”.Nietzsche