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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Barroco - A Arte da Indisciplina Parte I

O êxtase de Santa Teresa (1645-52), de Bernini.


Barroco:
A Arte da Indisciplina



Ano de 1517: a Reforma divide a Igreja entre católicos e protestantes; 1540: é fundada a Companhia de Jesus, ordem religiosa que envia missionários a vários continentes; 1563: a Igreja dá início ao movimento da Contra-Reforma, tentando impedir a expansão protestante.

Como se nota por esses eventos do século XVI, o Renascimento europeu desenvolve-se em meio a crises religiosas e movimentos do século XVI, o Renascimento europeu desenvolve-se em meio a crises religiosas e movimentos de restauração da fé cristã. A presença religiosa na vida cotidiana e na vida cultural européia, contudo, é sentida de modo mais contundente na passagem do século XVI para o século XVII, momento em que surge o Barroco.

Assim, a arte barroca, que vigora durante todo o século XVII e chega ás primeiras décadas do século XVIII, registra o espírito contraditório de uma época que se divide entre as influências do Renascimento – o materialismo, o paganismo e o sensualismo – e da onda de religiosidade trazida sobretudo pela Contra-Reforma.

Como resultado dessas influências, a arte barroca é a expressão das contradições e do conflito espiritual do homem da época. Certos princípios artísticos do Renascimento, como equilíbrio, harmonia e racionalismo, foram então abandonados, o que levou o Barroco a ser visto, durante longo tempo, como uma arte indisciplinada.



A linguagem barroca

A linguagem barroca é a expressão das idéias e dos sentimentos do artista do século XVII. Seus temas e sua construção combinam-se para expressar a concepção barroca do mundo.

 
Detalhe do Caminho para o calvário (1796-9), um dos Passos da Paixão, esculturas de Aleijadinho que se encontram em Congonhas do Campo, Minas Gerais.
A expressividade da obra de Aleijadinho reside principalmente em duas partes do conjunto: o rosto (sobretudo o olhar) e as mãos. Observe esses elementos.


A linguagem barroca geralmente busca transmitir estados de conflito espiritual. Por isso faz uso de certas figuras de linguagem, de sugestões de cor e som e de imagens fortes, violentas, com a finalidade de traduzir o sentido trágico da vida.

Nos textos barrocos, é comum a presença da morbidez (isto é, um estado de enfraquecimento doentio) como meio de exprimir a fragilidade e o grotesco da condição humana.

A arte barroca desenvolveu-se em meio a um público aristocrático, formado pela nobreza e pelo alto clero. Por essa razão, ela apresenta certo refinamento, que geralmente a distancia do público inculto.

Praça de São Pedro (1656-67), obra de Gian Lorenzo Bernini, no Vaticano (Roma), uma das principais manifestações da arquitetura e do urbanismo barrocos. Os braços da praça simbolizam a Igreja, que abriga e abraça os fiéis.


Fonte: Livro Português - Volume Único (Português: Linguagens)

Autor: William Roberto Cereja – Thereza Cochar Magalhães
Pág. 86, 87, 88 e 89.


 
“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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Mostra do circuito off-Bienal reúne 82 artistas

22/09/2010 - 09h48
Mostra do circuito off-Bienal reúne 82 artistas

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Na entrada da Paralela, um letreiro em néon reproduz uma frase de cinema. "Nada de mau se perdeu, nada de bom foi em vão."

Veja a cobertura completa da Bienal de Artes de SP

Regina Parra, conhecida por suas pinturas, troca de terreno e busca em "Stalker", de Andrei Tarkovski, um mote para sua instalação. É uma rara sensação de frescor nessa que é a mais tradicional mostra do circuito off-Bienal.

Talvez ofuscada pela edição anabolizada e pós-crise da exposição no Ibirapuera, essa Paralela atesta a verdade da frase na entrada.

Nenhum dos maus vícios dos 82 artistas reunidos ali se perdeu, nem tudo que fazem de bom é em vão. São quase todas obras fortes alinhavadas num circuito pelo curador Paulo Reis, mas é inevitável uma sensação de déjà-vu.

Bancada por galerias paulistanas, que reformaram há dois anos o Liceu de Artes e Ofícios, onde acontece a mostra, a Paralela impõe ao curador escolher artistas de todas as casas envolvidas.

Por mais amplo que seja o projeto, a mostra acaba repetindo e misturando obras que pouco conversam, num diálogo muitas vezes truncado.

Está contraposta a nova pintura, de artistas como Tiago Tebet, Mariana Palma, Rafael Carneiro e Rodolpho Parigi, à secura dos cerebrais Felipe Cohen, Iran do Espírito Santo e João Loureiro.

Num dos galpões, instalações de Sandra Cinto, Laura Vinci e Thiago Rocha Pitta desencadeiam um pensamento sobre a paisagem. São obras que refutam ou fabricam atmosferas paralelas com ondas, vapores e horizontes movediços de sal.

Esse discurso sustentaria toda a mostra, mas logo se embaralha noutros pontos, como a coerção dos ambientes urbanos, a violência das metrópoles e a fatura da cor.

André Komatsu, com uma pilha de tijolos, Lucas Bambozzi e seu puxadinho, Cao Guimarães com um vídeo do casamento de uma operária parecem entrar nesse segundo discurso, mas a leitura sofre quando entre eles existe uma avalanche de coisas.

Talvez fosse melhor abolir de todo o conceito e mostrar só um salão com todos os bons artistas da cidade. No letreiro lá fora, a frase continua assim: "Uma luz inunda tudo, mas deve haver mais".

PARALELA 10
ONDE: Liceu de Artes e Ofícios (r. Jorge de Miranda, 676, tel. 0/ xx/11/3229-9389)
QUANDO: abertura hoje, às 17h; ter. a sex., 12h às 18h; sáb. e dom., 10h às 18h; até 28/11
QUANTO: grátis


“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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Exposição no Masp faz retrospectiva da pintura alemã contemporânea

19/09/2010 - 08h00

Exposição no Masp faz retrospectiva da pintura alemã contemporânea

EUCLIDES SANTOS MENDES
DE SÃO PAULO

A exposição "Se Não Neste Tempo - Pintura Alemã Contemporânea (1989-2010), no Masp até 9 de janeiro, traz a primeiro plano uma das mais importantes produções da arte contemporânea mundial. Em entrevista ao caderno Ilustríssima, Teixeira Coelho, curador da mostra ao lado de Tereza de Arruda, avalia que "todas as tendências estão ali, do figurativo ao abstrato, do pós-pop 'malpintado' ao perfeccionismo técnico radicalmente complexo, do hiper-realismo ao devaneio poético".

A mostra adota 1989 como linha de ruptura, cujo significado não é puramente político (com a queda do Muro de Berlim e a consequente reunificação da Alemanha). Para Teixeira Coelho, 1989 oferece, no mínimo, outra perspectiva sobre a pintura e seu lugar na arte alemã.

Veja galeria de fotos das imagens em exposição

Reprodução

Obra de Daniel Richter, uma das expostas

Folha - Qual o lugar da pintura alemã no mundo de hoje?
Teixeira Coelho - Um lugar de absoluto primeiro plano. Todas as tendências estão ali, do figurativo ao abstrato, do pós-pop "malpintado" (agora nas vestes da cultura de massa recuperada e revista) ao perfeccionismo técnico radicalmente complexo, do hiper-realismo ao devaneio poético. É uma arte que reabilita a tese de Hegel segundo a qual a pintura é a mais espiritual e imaterial das artes.

Folha - Quais são os artistas de maior destaque desta nova produção?
Teixeira Coelho - Neo Rauch é, sem dúvida, o grande nome atual. A seu lado estão artistas pouco conhecidos deste lado do mundo, como Katharina Grosse e Anton Henning. A mostra tem ainda dois pequenos "núcleos históricos" preciosos, um com os mestres "ocidentais" (Gerhard Richter, A.R. Penk, Markus Lüpertz) e outro com os mestres "orientais" aqui nunca vistos (Bernhard Heisig, Werner Tübke, Wolfgang Mattheuer).

Folha - A queda do Muro de Berlim, em 1989, e a reunificação alemã criaram uma nova ideia de arte na Alemanha?
Teixeira Coelho - No mínimo permitiram que se visse sob outra perspectiva a pintura e seu lugar na arte. Permitiram ver ainda que nem sempre o realismo socialista havia sido, de fato, realista e socialista no sentido que lhe dava a cartilha ideológica. E que era possível reutilizá-lo. Com o Muro de Berlim, veio abaixo o simplismo na representação artística e na crítica de arte. Não é pouco.

Folha - Como o socialismo da RDA e da cultura pop capitalista da RFA influenciaram a arte na Alemanha reunificada?
Teixeira Coelho - Arno Rink, professor da Escola de Leipzig, tem uma audaciosa fórmula: o Muro de Berlim protegeu a arte do Leste da influência de Joseph Beuys. Quando o muro caiu, foi possível ver como a recuperação da tradição alemã da pintura (de Cranach a Beckmann), praticada no Leste, ainda tinha um papel na arte. Mas os artistas do Oeste também deram o que era bem seu: a abertura para o prazer imediato e a corrosão de tudo, inclusive da arte.


“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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Abertura Sábado - Fernando Lindote na Multipla


“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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Mais de 17 grandes nomes da arte contemporânea britânica já estão em SP

22/09/2010 - 15h18


Endereço: r. Ferreira de Araújo, 741, Pinheiros, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3095-4466. Leia mais no roteiro
As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Divulgação

Na foto, obra de Anish Kapoor, um dos grandes nomes que integram a "Fast Forward" em São Paulo, até 27 de novembro

A exposição "Fast Forward - Arte Contemporânea Britânica no Brasil", em cartaz no Centro Brasileiro Britânico (zona oeste de São Paulo), revela ao público um conjunto de obras originais e de edições limitadas realizadas por 17 expoentes da arte produzida no Reino Unido, até 27 de novembro.

Mais de 25 trabalhos em técnicas e mídias diferentes são exibidos, como o néon de Tracey Emin, uma escultura tecnológica em aço inox de Tony Cragg, batizada "Species", além de gravuras de Damien Hirst, da série "Memento".

Outros destaques são a obra de Michael-Craig-Martin, que refaz a pintura "Flagelo de Cristo", de Piero della Francesca (século 15), em animação, e a série de dez colagens de serigrafia em cartão de alumínio escovado, em que Gary Hume capta o ritmo sedutor das chefes de torcidas norte-americanas e o batiza "The Sister Troop".

Quatro vencedores do Turner Prize da Tate Gallery, o mais importante de Arte Contemporânea no Reino Unido e um dos mais importantes do mundo, mostram seus trabalhos: Anish Kapoor, Damien Hirst, Grayson Perry e Rachel Whiteread. Além de Kapoor, estão presentes outros três artistas que representaram o Reino Unido na Bienal de Veneza --Gary Hume (1999), Mark Wallinger (2001) e Tracey Emin (2007).

Cinco artistas de "Fast Forward" já expuseram suas obras em edições anteriores da Bienal Internacional de Artes de São Paulo: Anish Kapoor (1983/1996), Tony Cragg (1983), Gary Hume (1996), Michael Craig-Martin (1998) e David Batchelor (2004).

Informe-se sobre o evento



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23 SET 2010 (QUI) 18H. MESA-REDONDA: Jardim como arte contemporânea.


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Educação inclusiva em parceria com Institu to Rodrigo Mendes



Prefeitura de São Paulo
Secretaria de Cultura
Centro Cultural São Paulo
convidam para

Livre Acesso - Programa de Acessibilidade do CCSP

SETEMBRO ACESSÍVEL
O Programa Livre Acesso do Centro Cultural tem como objetivo possibilitar a inclusão de pessoas com deficiência em seus espaços, programação e acervos. No mês da acessibilidade no CCSP a programação Setembro acessível traz filmes com audiodescrição e legendas para pessoas com deficiência auditiva, debates, oficinas e exposição, além de atividades infanto-juvenis. Confira a programação completa no site http://www.centrocultural.sp.gov.br/


Artes visuais na educação inclusiva
parceria: Instituto Rodrigo Mendes



EXPOSIÇÃO REGISTROS
de 25/9 a 9/10
Terça a sábado, das 11h às 17h
Espaço Missão
OFICINA ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
com: Aline vanLangendonck e Ynaiá de Paula Souza Barros
Sábado, dia 25/9, das 10h às 13h30
Espaço Oficinas
Oficina dirigida a educadores (30 vagas)
inscrições e informações: até 22/9 pelo e-mail comunicacao@institutorodrigomendes.org.br



PALESTRA ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
com: José Cavalhero
Sábado, dia 2/10, das 10h às 13h30
Anexo da Sala Adoniran Barbosa
Palestra dirigida a educadores, artistas e interessados (50 vagas)
sem necessidade de inscrições - informações: pelo e-mail comunicação@institutorodrigomendes.org.br









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