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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Pinturas pré-históricas de cavalos eram realistas, revela DNA

11/11/2011 - 10h18

Pinturas pré-históricas de cavalos eram realistas, revela DNA

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REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE
As imagens encantadoras de cavalos selvagens que povoam a arte da Idade da Pedra não só eram bonitas como também primavam pelo realismo, mostra um estudo que investigou o DNA dos equinos pré-históricos.
Entre arqueólogos, havia um debate antigo sobre a natureza das pinturas de cavalos e de outros grandes mamíferos do Paleolítico Superior (fase anterior à invenção da agricultura, quando ocorre uma explosão artística).
N. Aujoulat/France Presse
Cavalos do Paleolítico tinham coloração baia, preta e "leopardo"
Cavalos do Paleolítico tinham coloração baia, preta e "leopardo"
Não se tinha certeza se essas imagens eram estilizadas, com características sobretudo simbólicas e rituais, ou se os caçadores-coletores de 25 mil anos atrás estavam simplesmente retratando os animais como os viam.
A equipe liderada por Arne Ludwig, do Instituto Leibniz de Pesquisas Zoológicas, em Berlim, decidiu tirar a dúvida analisando amostras genéticas de cavalos da época, obtidas na Sibéria e em vários locais da Europa.
Usando variantes de DNA que denunciam a cor da pelagem do animal, os cientistas mostraram que os cavalos do Paleolítico tinham coloração baia (grosso modo, castanho), preta e "leopardo", um padrão caracterizado por pintinhas pretas no corpo claro do bicho.
Curiosamente, são justamente esses três padrões os retratados pela arte da Era do Gelo. Até as pintinhas aparecem em certas imagens, embora as cores escuras sejam as mais comuns.
Isso sugere "que as pinturas da espécie nas cavernas são retratos claramente realistas dos animais; isso apoia a hipótese de que as pinturas tinham menos conotação simbólica ou transcendental do que se imagina às vezes", escrevem os pesquisadores.
A pesquisa está na revista científica "PNAS".


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Hermes de Praxiteles no museu arqueológico de Olímpia

Hermes de Praxiteles no museu arqueológico de Olímpia

              A estátua de Zeus, de 12 m de altura, criada pelo escultor ateniense Fídias, com ouro, marfim e outros materiais preciosos.
              A figura do deus ficava sentada em um trono com seu cetro. Ficou um pouco mais do Heráion, templo dedicado a Hera, esposa de Zeus. Quatro colunas estão mantidas, assim como base das estátuas de culto.


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Acrópole de Atenas já foi igreja cristã e mesquita

10/11/2011 - 07h42

Acrópole de Atenas já foi igreja cristã e mesquita

MAURÍCIO KANNO
ENVIADO ESPECIAL AO MEDITERRÂNEO
Atenas aparece hoje no noticiário no bojo da crise que derrubou o primeiro-ministro George Papandreou e suscita negociações para formar um governo capaz de aprovar o pacote de resgate de 130 bilhões, da União Europeia, destinado a evitar a bancarrota da economia grega.
Agruras do endividamento e da política à parte, Atenas, a capital da Grécia, é o que se poderia chamar de um destino turístico clássico.
A Acrópole (ou "cidade alta", do grego) é um marco histórico tão importante que, na cidade, os prédios no centro histórico são proibidos de ter mais que quatro andares. Nos outros locais, oito andares é o limite e, assim, em qualquer lugar, a vista chega longe.
Mas, voltando à Acrópole, ela é uma colina rochosa onde está preservado o Pártenon, templo construído em homenagem à deusa Atena, "padroeira" da cidade.
Grandiosa, essa construção vive em reformas, com quase 14,7 m de altura e base de 69,5 m por 30,9 m. Já teve 46 colunas externas e 23 internas e, curiosamente, sua base é levemente curvada em direção ao centro superior, assim como há colunas mais largas que fazem uma "correção óptica" do monumento.
Mauricio Kanno/Folhapress
Turistas observam o Partenon, na Acrópole de Atenas
Turistas observam o Partenon, na Acrópole de Atenas
O templo, incluindo decorações, foi terminado em 432 a.C., substituindo outro destruído durante a invasão dos persas -depois repelidos.
Essa foi a época do auge da democracia ateniense, quando a cidade era um centro cultural e se sobrepunha às outras cidades-Estado gregas.
O irônico é que, no século 5º d.C., após o avanço do Império Romano, o prédio foi convertido numa igreja cristã dedicada à Virgem Maria.
Como se não bastasse, o Império Otomano transformou o edifício em uma mesquita por volta de 1460 -o Pártenon ganhou até um minarete, a peculiar torre dos templos islâmicos.
Só é chato que os andaimes ao redor do monumento atrapalhem o viajante mais observador e dificultem uma impressão de viagem ao passado que o local sugere.
As obras de restauração na Acrópole, ainda que necessárias, estão em andamento desde 1983. E é pena que, ao restaurar seu aspecto original, tenham deixado a Acrópole "nova" demais.


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